quinta-feira, 10 de julho de 2008

FOTÓGRAFO

Gosto de me "sentir" fotógrafo [só não posso esquecer que sou amador].

Algumas pessoas dizem que sou bom, embora eu não veja essa definição como algo correto, as a aceito com certa vaidade [é, eu sei que me falta modéstia].

Um vez, eu li um texto que dizia não achar correto o fotógrafo se analisado por suas fotografias e não por ele mesmo, então, me pus a refletir a respeito. Ora, sendo eu um fotógrafo [mesmo que amador], não vejo outra maneira para ser analisado, afinal, a fotografia é o resultado final da sensibilidade do meu olhar! Mas, mesmo sendo isso, ela [a fotografia] não pode ser qualificada como produto final da arte, pois depende também da sensibilidade do olhar do espectador. Aí sim, haverá o "diálogo dos olhares", que gira em torno do que eu quero dizer com a fotografia e o que o espectador sente ao vê-la.

Eu mesmo como espectador, já me senti envolvido por diversas imagens, mas também já desdenhei muitas outras. E como fotógafo, achei que "fiz" imagens belíssimas, porém, ninguém se envolveu com elas. A questão é, o fotógrafo pode sim ser analizado por sua fotografias, mas, creio eu, não pode ser rotulado por elas, pois as imagens sempre terão um impacto diferente para cada pessoa.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

PIZZA

Justamente na hora que eu estava assistindo a minha novela, quietinha no meu canto, alguém começa a bater em minha porta. E eu, na maior coragem do mundo tive que me levantar pra ir atender. E o pior, que além de bater, o danado do garoto também ficava chamando, chamando não, gritando! Maior chateação ter que perder minha novelinha.

“toc-toc”

- Já vai, já vai!

“toc-toc”

- Quem é?!
- Entregadô de pizza.
- Mas eu não pedi pizza!
- Cacete!!! Me mandaram pro endereço errado de novo!! Que droga!!
- Ó o linguajar, garoto!
- Discupa, dona.
- Qual sabor?
- Hein?!
- Qual o sabor?
- Da pizza?
- Sim!
- É...
- Hein, meu senhor??!
- Num sei dona, eu num posso olhar, só faço as entrega.
- Só faz isso e ainda não faz direito! Nam!
- Ei, mas foi o povo que mandô pra cá. E deixa eu ir, que a droga dessa pizza já fêis foi esfriar!
- Sei... Então tchau!
- Ei dona... Será que num dá pra sinhora me dá o meno a gorjeta não, hein?
- Que gorjeta?!
- Bom, eu vim até aqui, né? Mesmo sendo errado, cheguei no tempo, e não foi minha culpa se o lugar num é aqui. Então, sei lá, pelo menos fui eficiente em chegá. Que tal uma gorjeta? Daí já fica como crédito quando a sinhora pidí uma pizza, não vai mais me dar gorjeta.
- Hmm... Toma aí R$ 1,00.
- Ô dona, valeu, viu? Brigadão mermo! Ó, que Deus li abençoi, viu?!
- Viu. Mas, vem cá, você já ouvir falar em telecurso, educação à distância, essas coisas?
- Sim sinhora, mi formei no 2º grau por ele.
- Percebi... Tchau!
- Inté!