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Onde?
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Aqui, ó. Colocou um... Como chama mesmo esse negocinho?
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Apóstrofo.
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Esse daí não era o que seguia Jesus?
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Não, esse [na verdade, “esseS”] era “apóstolo”. Esse daqui é “apóstrofo”.
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Ah, ‘tá. Bem, em todo caso, ‘cê colocou um a-pós-tro-fo no seu nome.
-
Sim. E não ‘tá errado. Meu nome é assim mesmo.
-
“L’aura”?!
-
É.
-
E como pronuncia?
-
“Laura”.
-
Do mesmo jeito como se não tivesse?
-
É
-
E por que tem, s’é a mesma coisa?!
-
Coisa dos meus pais.
-
Humm... Sabia que seu nome pode dizer muito de você, da sua personalidade?
-
Acho meio difícil, já que não fui eu quem escolheu esse nome.
-
Ah, mas ‘cê tem um segundo nome, “Maria”. Poderia usar esse, mas prefere o
“L’aura”.
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‘Tou habituada a ser chamada por esse nome desde sempre.
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Sim, mas e a adolescência? Foi a sua chance de se revoltar contra todos!
Principalmente contra tudo que seus pais lhe deram.
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Moço, nunca vi motivo pra me revoltar contra meus pais. E eu gosto do meu nome
do jeito qu’ele é.
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Viu? O seu nome diz muito da sua personalidade.
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O senhor poderia, por favor, me entregar o canhoto de comprovação de inscrição?
‘Tou apressada.
-
Aqui ó.
-
‘Brigada!
- De nada e até mais... Maria!
2 comentários:
muito bom, Danilo... já tava demorando... e o caminho feito pra escrever me lembrou o escritor lá que ficava ouvindo o radio e escrevendo estórias, lembra?! obrigado
Jajajajajajaja que cara chato!! hoje eu me encontrei com uma pessoa exatamente igual ao pessonagem!
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