A rua vinha em nossa direção – como um cachorro que corre para seu dono –, e nós, íamos nela.
A cada passo que dávamos, era um passo para o futuro. Não esse futuro das ficções científicas. Não. Era o futuro real, aquele que a gente pega e molda entre os dedos como massinha de modelar. O futuro invisível, e tão palpável. E o que esperar dele? Nada. Essa não era a questão.
Continuamos a andar, discutindo sobre as metamorfoses que sofremos. Falando quem éramos ontem, e quem somos hoje. Rompíamos o futuro a cada passo que dávamos, e ele [o futuro] tocava-nos no rosto como o vento, sempre tão misterioso, tão incerto, tão solitário [como nós], porém, muito verdadeiro. E numa troca de posições, em segundos, o futuro a minha frente se transformava no passado as minhas costas.
E a rua vinha em nossa direção, e nós, íamos nela.
Descobrindo que para ser feliz basta uns goles de gargalhada, ouvido e boca sinceros, abraços calorosos, e verdade no olhar.
Sentamos na calçada. Tomamos mais uns goles de gargalhada. Mesmo parados, a Vida continuava passando por nós.
Nos levantamos e retomamos a caminhada. E caminhando, um ao lado do outro, vimos o universo se expandir [como um novo Big Bang], e percebemos que as coisas não deixam de acontecer se não estivermos lá para ver. Pelo contrário, elas acontecem, sim! Aí, é nessa hora que vemos o quanto somos pequenos, mas, paradoxalmente grandes, pois podemos interferir no universo de outra forma: conhecendo alguém e sendo um agente transformador dessa vida, pois transformando uma vida, transformamos o universo.
E a rua vinha em nossa direção, e nós, íamos nela.
sábado, 12 de janeiro de 2008
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5 comentários:
"Descobrindo que para ser feliz basta uns goles de gargalhada, ouvido e boca sinceros, abraços calorosos, e verdade no olhar."
E é bem por aí, viu???? Mas até agora eu me assusto quando olho pra trás e vejo quanta rua já passou por esses meus pés tortinhos, kkkkkk...
ô caminhada boa!
"...e percebemos que as coisas não deixam de acontecer se não estivermos lá para ver. Pelo contrário, elas acontecem, sim! Aí, é nessa hora que vemos o quanto somos pequenos, mas, paradoxalmente grandes, pois podemos interferir no universo de outra forma: conhecendo alguém e sendo um agente transformador dessa vida, pois transformando uma vida, transformamos o universo."
nussssssssa...super verdade isso...como diria Ghandi: "Somos transformadores do mundo em que vivemos!"...lindo lindo :)
Eu tava pensando +/- isso ontem!
Como somos grandes e ao msm tempo tão pequenos né!?
Coisas... pessoas... fatos... boa caminhada msm!!!!!!!!!
só sei que qdo tinha lá uns 15 aninhos achava q qdo chegasse aos 30 ia ter feito td na vida já... e agora aos 3...(hehehe) vejo q fiz mta coisa...mas nem 1/3 do que imaginava.. e quero fazer tantas coisas ainda...espero que essa rua passe mais devagar...
boa caminhada a todos.
bjs.
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