Justamente na hora que eu estava assistindo a minha novela, quietinha no meu canto, alguém começa a bater em minha porta. E eu, na maior coragem do mundo tive que me levantar pra ir atender. E o pior, que além de bater, o danado do garoto também ficava chamando, chamando não, gritando! Maior chateação ter que perder minha novelinha.
“toc-toc”
- Já vai, já vai!
“toc-toc”
- Quem é?!
- Entregadô de pizza.
- Mas eu não pedi pizza!
- Cacete!!! Me mandaram pro endereço errado de novo!! Que droga!!
- Ó o linguajar, garoto!
- Discupa, dona.
- Qual sabor?
- Hein?!
- Qual o sabor?
- Da pizza?
- Sim!
- É...
- Hein, meu senhor??!
- Num sei dona, eu num posso olhar, só faço as entrega.
- Só faz isso e ainda não faz direito! Nam!
- Ei, mas foi o povo que mandô pra cá. E deixa eu ir, que a droga dessa pizza já fêis foi esfriar!
- Sei... Então tchau!
- Ei dona... Será que num dá pra sinhora me dá o meno a gorjeta não, hein?
- Que gorjeta?!
- Bom, eu vim até aqui, né? Mesmo sendo errado, cheguei no tempo, e não foi minha culpa se o lugar num é aqui. Então, sei lá, pelo menos fui eficiente em chegá. Que tal uma gorjeta? Daí já fica como crédito quando a sinhora pidí uma pizza, não vai mais me dar gorjeta.
- Hmm... Toma aí R$ 1,00.
- Ô dona, valeu, viu? Brigadão mermo! Ó, que Deus li abençoi, viu?!
- Viu. Mas, vem cá, você já ouvir falar em telecurso, educação à distância, essas coisas?
- Sim sinhora, mi formei no 2º grau por ele.
- Percebi... Tchau!
- Inté!
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Valeu, Danilo... já fazia falta ver um texto seu por aqui... gosto muito do seu estilo... sem falar que desta vez, digamos, nao deixa de ser uma homenagem a tantos trabalhadores que nos alegram (e as vezes nao... rsrsrs) as noites de fim de semana.
"inté!"
Danilo, você é ácido!
Postar um comentário