sábado, 29 de dezembro de 2007
PRIMEIRO POST NO FINALZINHO DO ANO!!!!
Primeira vez que posto aqui. Somatória de correria+cérebro frito+esclerolescência. Nada que uma temporada no meio do mato ouvindo canto de pássaros, macacos berrando, esquilos passando e mosquitos me mordendo não curem!!!
Pois é... 2007 foi um ano BEEEEEEEM agitado!!! Muito trabalho, muita leitura de HP, maridão que eu acho que FINALMENTE vai ler os últimos, UHUUUU, mas, acima de tudo... foi o ano em que conheci VOCÊS. A grande maioria ainda é virtual, mas nem por isso menos querida no meu coração do que os que já foram materializados.
Só queria dizer isso. Que mesmo distante no msn, quietinha em meio às minhas correrias, vocês todos são muito queridos para mim! E eu espero, do fundo do meu coração, que CADA UM de vocês, no ano que se aproxima, consiga conquistar os seus sonhos, que seja muito, mas muito feliz meeeeeesmo e, se vier algum espinho no caminho, lembrem-se que eles também fazem parte, mas na próxima vez, sabendo como são, vocês podem desviar deles!!!!
ADORO VOCÊS DE MONTÃO!!!!
Beijão, e um SUPER 2008!!!!!
Lu.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
FINAL DE SEMANA, PARTE II
- Ótimo! Ele engoliu direitinho! Vai me dar o próximo final de semana. Eu disse que queria ficar um pouco com as minhas amigas, pois faz tempo que não saio com elas.
- Beleza!! Agora, vem namorar, vem. Cê já falou demais com esse panaca. Já tava ficando com ciúmes.
- Tava, era? Fica não, meu ursão... Sabe que só gosto de você.
- Mas tá casada é com ele.
- Esquece isso, e vem namorar. Ele vem pra cá no domingo à noite, então, vamos aproveitar hoje e amanhã.
Ciclos
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
ACHADOS E PERDIDOS
Mas o que eu acho mais interessante são os “reencontros”. Você, por um motivo ou outro, decide procurar alguém. Coloca o nome do amigo na busca e, “enter”. Se for um nome comum, e se faz muito tempo que você não vê o amigo, é um problema, pois pode aparecer uma lista imensa de nomes com fotos [nem sempre de perto], ou desenhos [o que te faz ficar danado da vida, pois dificulta mais ainda a identificação do amigo]. Você torce para que ele não tenha mudado muito.
Então, encontra um que, possivelmente, é ele. Ainda não tem certeza. O que fazer? O mais adequado é deixar uma mensagem para a pessoa com alguns fatos. Faça alguns comentários sobre vocês; a infância [nada constrangedor, por favor!]; amigos em comum; e espere a resposta positiva ou negativa. Caso seja negativa, não se entristeça, e continue sua busca. Quem sabe, talvez até dê pra começar uma amizade com a pessoa que você confundiu com seu amigo.
Outro dia, uma garota com quem estudei, “me encontrou” no Orkut, e, devido a minha foto não colaborar, ela resolveu comentar algumas coisas para eu confirmar se, eu era realmente eu[!]. E também, para que eu a reconhecesse.
Perguntou se eu havia estudado no colégio tal de tal ano até tal ano; se era da 8ª série "X"; se eu lembrava que tinha feito um determinado curso com ela; se era eu o garoto que ia entrar para o seminário [é, eu já pensei em ser padre]...
Claro que, com minha memória fotográfica, a reconheci de imediato, mas a menina deu tanta informação que, mesmo se eu não fosse eu, digo, se eu não fosse quem ela procurava, teria confirmado só pra compensar o trabalho que ela teve.
Depois que confirmei que era eu mesmo, ela me adicionou como seu amigo.
E assim, nesse imenso mundo, onde as pessoas fogem das outras pessoas, talvez, por uma necessidade primitiva de criar tribos - no mundo cibernético -, elas procuram ficar bem próximas umas das outras.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Passou
Passam os anos, passam os braços; mas fica sempre, quando a terra dá outra volta em si mesma, essa emoção confusa de um instante. Conheço pessoas que fogem a esse segundo de consciência cósmica, afetando indiferença, indo dormir cedo - como se não estivessem interessadas em saber se esta piorra velha deste planeta resolveu continuar girando ou não. É singular que entre tantas festas religiosas e cívicas nenhuma chegue a ser tão emocionante e perturbe tanto a humanidade como esta, que é a Festa do Tempo. É como se todos estivéssemos fazendo anos juntos; é o Aniversário da Terra.
Se a alma estremece diante do Destino, o espírito se confunde; reina uma tendência à filosofia barata; vejam como eu começo a escrever algumas palavras com maiúsculas, eu que levo o ano inteiro proseando em tom menor, e mesmo o nome de Deus só escrevo assim para não aborrecer os outros, ou para que eles me não aborreçam.
Já ao nome do diabo, não; a esse sempre dei, e dou, o “d” pequeno, que outra coisa não merece a sua danação. A ele encomendamos o ano que passou e a Deus o Novo. Que vá com maiúscula também, esse Novo; fica mais bonito, e levanta nosso moral.
E se entre meus leitores há alguma pessoa que na passagem do ano teve apenas um amargo encontro consigo mesmo, e viveu esse instante na solidão, na tristeza, na desesperança, no sofrimento, ou apenas no odioso tédio, que a esse alguém me seja permitido dizer: “Vinde. Vamos tocar janeiro, vamos por fevereiro e março e abril e maio, e tudo que vier; durante o ano a gente o esquece, e se esquece; é menos mal. E às vezes, ao dobrar uma semana ou quinzena, às vezes dá uma aragem. Dá, sim; dá, e com sombra e água fresca. E quem vo-lo diz é quem já pegou muito no sol nos desertos e muito mormaço nas charnecas da existência. Coragem, a Terra está rodando; vosso mal terá cura. E se não tiver, refleti que no fim todos passam e tudo passa; o fim é um grande sossego e um imenso perdão.”
Rio, Janeiro de 1952
Rubem Braga, em A borboleta amarela
domingo, 23 de dezembro de 2007
FINAL DE SEMANA, PARTE I
- Ótimo! Ela engoliu direitinho e ainda vai me dar o próximo final de semana! Disse que quer ficar um pouco com as amigas, pois faz tempo que não sai com as meninas.
- Finalmente! Mas cê ainda vai ter que me explicar essa história de “megera”. Ah, se vai.
- Óbvio que não tava falando de você, né, nhunhunga. Agora... vamos aproveitar que é melhor! Eba!
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Estou partindo cedo?
Então, eu desejo escrever um milhão de palavras a ti. Porque meu canto é teu e os versos são pensando em cada parte do teu corpo que eu desejei e tive em frações de tempo, que me foram levados. Por mim, pelos outros e por ti. Alguém merece ter todas as palavras que uma pessoa pode escrever em uma vida? As minhas são tuas para sempre. Porque estou aprisionada num olhar duro e profundo. Que me presenteia com enimigas e um jardim que nos aguarda.
domingo, 16 de dezembro de 2007
A TESTEMUNHA SECULAR
A peculiar visão de uma casa que, desde a sua criação até o fim dos seus dias, assistiu tudo o que aconteceu dentro de seus cômodos, resume a história do livro "A Casa" de Natércia Campos.
Acontecimentos que ela resolve nos contar, talvez, para expiar o seu pecado. Pecado de ver e nada fazer. Assistiu calada, os gestos, vícios, virtudes e crimes se repetindo em cada geração que lhe habitou. Nos mostrando o quanto o tempo pode ser comparado a um velho esquecido, pois permite que certas coisas aconteçam novamente.
Ao lermos essa envolvente história, nos colocamos no lugar da casa e sentimos a sua onisciência e solidão, pois, apesar de possuir tanta vida dentro de si, tem por amigo, apenas o vento que lhe conta o que acontece pelo mundo.
Uma testemunha secular de brigas, segredos, dores e silêncio.
Tal qual encontrei;
Assim me contaram,
Assim vos contei!"
Encontro Master
sábado, 15 de dezembro de 2007
A Noiva-Sombra
enquanto dia após noite fugia;
sentado e quedo como pedra lavrada,
sem qualquer sombra projetada.
Corujas brancas para ele subiam
sob as estrelas que surgiam;
limparam os bicos, julgando-o indisposto
sob a Lua de Agosto.
Então uma dama toda de cinzento,
surgiu no crepúsculo pardacento:
por um momento ficou olhando,
flores no cabelo entrançando.
Ele acordou como da pedra saído
e quebrou o encanto que o tinha prendido.
Tomou-a nos braços, a carne e o osso,
e a sombra enrolou no seu pescoço.
E então não mais ela ali apareceu
sob o Sol ou a Lua do céu;
vive lá embaixo na caverna triste,
onde nem a noite nem o dia existe.
Mas uma vez por ano, quando as cavernas bocejam
e as coisas surgem para que as vejam,
eles dançam juntos até a alvorada,
como uma só sombra alada.
(J. R. R. Tolkien - As Aventuras de Tom Bombadil)
Só pq eu achei bonitinha!
^^
:****
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Só passando...
(para quem já recebeu uma carta minha, isso aqui vai ficar parecido, pq não falo coisa com coisa, só vou escrevendo o que passa pela minha cabeça)
Sinceramente queria conseguir escrever coisas tão bonitas quanto as do meu maninho Danilo, mas sinceramente, cada um tem o dom que merece né!
Nem que eu tente saem coisas tão boas, e olha que ele ainda não sabe o que fazer com os textos.
srsrsr
Acho que no nosso Empreendimento Master vamos ter que ter uma editora ligada a nossa produtora de filmes.
Hoje recebemos a noticia que um masterzinho está chegando ao mundo.
Mateus, seja bem vindo!!!!!! E que venha com saúde!!!!!
(para quem não sabe, ele vai ser primo da Déia, logo um masterzinho)
srsrsrsrsrsrsrsr
Sabem, tenho pensado um bocado na amizade que surgiu entre os masteres, e por um monte de coisa que passamos juntos. Todos juntos, ou algumas pessoas, ou pequenos grupos... enfim... não temos muito tempo de convivência assim, se pararmos para analizar, o PDN e o PDD começaram em julho se não me engano... um época que a maioria de nós tinha medo do Dindo... não me perguntem o pq. É a msm coisa de dizerem que tem medo de mim, sinceramente não percebo o motivo...
kkkkkkkkkkkkk
Mas o melhor de tudo, é que conquistei amizades aqui, e algumas amizades me conquistaram que tenho uma certeza do fundo do coração que serão para toda uma vida.
E não estou falando só do Dil, Déia e Tiul (que foram os citados aqui), estou falando de um monte de pessoas que se tornaram verdadeiramente importantes para o meu dia-a-dia.
Adoro vocês MASTERES!!!!!!!!
E sempre que eu ouço essa música, me lembro de nossa amizade, então:
Frejat - Amor Pra Recomeçar
Eu te desejo não parar tão cedo
Pois toda idade tem prazer e medo
E com os que erram feio e bastante
Que você consiga ser tolerante
Quando você ficar triste
Que seja por um dia, e não o ano inteiro
E que você descubra que rir é bom,
mas que rir de tudo é desespero
Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra recomeçar
Pra recomeçar
Eu te desejo, muitos amigos
Mas que em um você possa confiar
E que tenha até inimigos
Pra você não deixar de duvidar
Quando você ficar triste
Que seja por um dia, e não o ano inteiro
E que você descubra que rir é bom,
mas que rir de tudo é desespero
Desejo que você tenha quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra recomeçar
Pra recomeçar
Eu desejo que você ganhe dinheiro
Pois é preciso viver também
E que você diga a ele, pelo menos uma vez,
Quem é mesmo dono de quem
Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra recomeçar
Eu desejo que você tenha quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra recomeçar
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
meus votos de Feliz Natal
sábado, 8 de dezembro de 2007
Até o ano que vem !!!
Conforme prometido, tá aí a foto da Deby com as malas antes de embarcar pros EUA...
Aproveito o momento pra contar uma pérola que aconteceu nessa hora:
bom, chegamos lá, encostamos o carro no local de embarque/desembarque e eu peguei a máquina pra bater a foto... quando fui tirar, acabou a pilha ¬¬ (isso mesmo, eu tive a capacidade de não pegar as que estavam em casa carregadas)
Aí eu fiquei tentando muda-las de lado, ligava a maquina pra tentar bater a foto rapidamente e a Deby segurando essa mala (mó pesada) e eu xingando e preguejando pra sempre... nesse momento a minha mãe me fala que o cara ao meu lado tava chamando... eu olho pra ele... ele estende a mão em minha direção... ele abre a mão e tcharam: duas pilhas !!! acho que ele percebeu o nosso "desespero" e tirou as pilhas dum troço que ele tava na mão pra me emprestar... eu dei tanta risada que nem conseguia agradecer...
Enfim, depois disso batemos a foto rapidinho, eu devolvi as pilhas (ainda rindo pra sempre) nos despedimos e ela se foi............
beijos a todos !!!
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
A DIFÍCIL TAREFA DE SE COMUNICAR
Charlie (Adam Sandler) perdeu tudo – inclusive a sanidade – ao perder a esposa e as três filhas, em um dos aviões que atingiram as Torres Gêmeas. Alan (Dom Chaedle) é um bem sucedido odontologista que reencontra um amigo (Charlie) dos tempos de faculdade. Ele sabe que seu amigo não está bem, e tenta ajuda-lo.
Charlie não que falar sobre seu passado, não quer aproximação de ninguém que possa fazê-lo lembrar sobre sua família, e é justamente por isso, que ele permite que Alan se aproxime, pois este o conhecia muito bem, mas quando era solteiro. E isso lhe dá a segurança de que Alan não fará perguntas.
Apesar de Alan ter um bom emprego, um bom casamento, ele também se mostra ser uma pessoa com dificuldades de falar sobre si. Até mesmo para a esposa que ele tanto ama.
Aos poucos, os amigos vão se abrindo, e falam de si um para o outro.
Percebemos também que, o filme mostra um olhar do “Homem-Que-Caminha-Pelas-Ruas”, ou seja, sempre observamos os personagens caminhando pelas calçadas e ruas da cidade. Ruas que parecem não ter fim. Retratando assim, a nossa pequenez diante de um mundo tão imenso.
O que teria tudo para ser um filme “choroso” sobre alguém que perdeu toda a família no fatídico 11/09, “Reine Sobre Mim” resolve narrar sobre a incomunicabilidade entre as pessoas. Uma verdadeira barreira invisível.
Um filme que não tem um apelo dramático exagerado, e que nos passa um toque de realidade, para um acontecimento tão irreal, que foi o ataque ao World Trade Center.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
INSÔNIA
Já contei elefantes (é, eu preciso de algo mais pesado que carneirinhos, que é pra ver se me cansa logo), mas não sinto sono. E olha que separei em manadas de duzentos – essa mania de organizar tudo –, e cheguei em vinte e seis manadas. Pelo visto, se dependesse de mim, os elefantes jamais entrarão em extinção.
O “tic-tac” do relógio é diretamente proporcional a minha insônia. Ou seja, quanto mais sem sono eu fico, mais alto é o volume do “tic-tac”. Sonzinho irritante.
Se, pelo menos, um pouquinho de luz invadisse o meu quarto, eu brincaria de fazer formas na parede com a sombra das minhas mãos.
Ouço ao longe um conversa. Na verdade, é uma discussão. Ela está acusando ele de estar bêbado, e que, com certeza, “estava com as cachorras”. Coitada. Trocada por cachorras.
Por falar em cachorras, tem um cachorro latindo em algum lugar. Um bêbado cantando. Provavelmente, caído em alguma calçada. O irritante apito do vigia da rua – Se eu estivesse com sono, o teria perdido neste momento.
Converso com o meu travesseiro. É o meu melhor confessor. Escuta tudo que tenho pra falar e não conta pra ninguém e nem usa contra mim nada do que eu digo pra ele. É um bom amigo, e um sábio conselheiro. Mas já contei tudo e agora estou sem assunto. E sem sono.
Caramba! Ela realmente está com raiva dele. Foi um erro terrível ficar com as cachorras. A mulher não pára de gritar. Não estou conseguindo sequer ouvir a voz dele. Se deu mal.
Putz! Já rodei a cama toda, e o danado desse sono não vem.
Ah, não! Os gatos resolveram namorar justamente no meu telhado. Shhh... FAÇAM SILÊNCIO, EU QUERO DORMIR!!! Coitados... Como se fosse por culpa deles, eu ainda estar acordado.
Resolvo refletir sobre como foi o meu dia. Hmm... Cheguei atrasado ao trabalho e levei a maior bronca do meu chefe. Aquela maldita cliente, mais uma vez, gritou comigo e desligou o telefone na minha cara (Ela sempre faz isso). O meu salário ainda está atrasado. Meu chefe me deu outra bronca por causa da maldita cliente. Ela ligou para ele e reclamou do meu atendimento (Maldita). Não consegui ligar para a minha namorada (ela deve estar danada da vida!). Pensando bem... é melhor não refletir sobre como foi o meu dia.
Cinco mil duzentos e um elefantes, cinco mil duzentos e dois elefantes, cinco mil duzentos e três elefantes, cinco mil duzentos e quatro elefantes, cinco mil...
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
DEZEMBROS
Fico pensando se isso é só comigo (que não gosto deste período) ou se todo mundo sente isso. Porque sinceramente tem momentos que chego a sentir o ar “carregado”. Carregado de lembranças (elas sempre voltam com mais força neste período), de felicidades (para alguns), de tristeza (para outros), de falsidade (para muitos!). Por falar em falsidade, por que as pessoas tendem a ficar mais falsas nesta época?! Pessoas desejando “tudo de bom de todo o coração” para outras, quando na verdade sabemos que elas não se suportam. Aí é aquele festival de abraços, beijos, de “muitas felicidades”, “que tudo se realize” e etc.
E a partir do primeiro de janeiro automaticamente o “tempo muda” (de novo!)! Voltam as fofocas (quer dizer, elas nunca foram, só estavam mais tímidas no canto), e a competição acirrada. Falando em competição, a preferida é “Puxar Tapete”, tem gente que é craque nessa modalidade. Poderia até formar a Seleção Brasileira de Puxada de Tapete (!). Mas seria perigoso, pois os “atletas” não distinguem o adversário, na verdade, para eles, todos são adversários.
Mas por favor, não me considerem alguém pessimista, ou desacreditado na redenção humana. Existe uma esperança, pois o final do próximo ano também vai chegar, e aí todo mundo fica feliz e bonzinho de novo, até o ano acabar...
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
AMAR DÓI?
Mas parece que aí está o problema. Às vezes, entendemos o amor do outro, que quer amar do seu jeito, e que, geralmente, é muito diferente do nosso jeito, como uma ruptura de nossa intimidade. E na verdade, é isso mesmo. O amor do outro, desconcentra, chateia, incomoda, faz tudo isso e muito mais, pelo simples fato de que temos medo do que possa acontecer se nos deixarmos invadir por alguém.
Por mais que queiramos alguém, por mais que amemos, parece sempre difícil dar o passo de abrir-se para que o outro nos ame com o seu modo de amar.
Mas não podemos nos cegar, a ponto de não perceber os amores que nos rodeiam. Que não estejamos insensíveis para SENTIR a dor invasora do amor de tanta gente que nos quer muito. E essa dor invasora tem uma importância em nossa vida que, talvez, não nos demos conta. Ela está aí para que percebamos e SINTAMOS que não estamos sós, e que somos muito amados.
Uma vez percebido isso, percebido não, SENTIDO esse amor, aí sim poderemos aceitar as perdas dos “outros amores”. Isso porque não existe uma fórmula para aceitar. E a "fórmula" não existe porque, embora tivesse uma, ela só iria servir para cada pessoa. Cada uma com sua particularidade. Pois para esse danado sentimento que se chama Amor, compete a cada um de nós desenvolvermos nosso conhecimento sobre ele e o modo como absorvê-lo e conviver com ele. Caso contrário, a perda de um amor, pode parecer a perda DO amor. E isso seria terrível.
Independente da relação, nós devemos perceber que esse amor que nos invade de várias formas, seja com esposa (o), namorada (o), amigos, família, mesmo sendo difícil, é algo bom.
Mas parece que o sentimento não é estático, é algo dinâmico, porque a Vida é dinâmica. E o sentimento é uma expressão da vida em nós. E por ser assim, ele se transforma. Às vezes é mais intenso e menos intenso, mas nunca deixa de ser sentimento. Por algum motivo, ele se transforma, mas nunca se acaba. A questão é que para estar com alguém, unidos por um sentimento em comum, necessita que a partilha seja equivalente, caso contrario seria muito difícil continuar.
Mas quer saber? Não fuja dessa dor, não deixe de chorar, não deixe de pedir ajuda a um amigo. E não queira esquecer esse amor. Porque realmente não tem que esquecê-lo. Antes o contrario, pois a pessoa que você era antes de amar, não é a mesma de agora. Isso significa que, o amor também te deu muito.
Se for possível resumir tudo isso, eu diria: Viva esse momento com intensidade, e não tenha medo dessa dor terrível (ela é uma merda mesmo, mas você sobreviverá!).
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
*-*
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
"Amar a un ser humano"
verdaderamente y disfrutar de la aventura de explorar y
descubrir lo que guarda más allá de sus máscaras y sus defensas; contemplar con ternura sus más profundos sentimientos, sus temores, sus carencias, sus esperanzas y alegrías, su dolor y sus anhelos; es comprender que detrás de su careta y su coraza, se encuentra un corazón sensible y solitario, hambriento de una mano amiga, sediento de una sonrisa sincera en la que pueda sentirse en casa;
es reconocer, con respetuosa compasión, que la desarmonía y el caos en los que a veces vive son el producto de su ignorancia y su inconsciencia, y darte cuenta de que si genera desdichas es porque aún no ha aprendido a sembrar alegrías, y en ocasiones se siente tan vacío y carente de sentido, que no puede confiar ni en si mismo; es descubrir y honrar, por encima de cualquier apariencia, su verdadera identidad, y apreciar honestamente su infinita grandeza como una expresión única e irrepetible de la Vida.
Amar a un ser humano es ser suficientemente humilde como para recibir su ternura y su cariño sin representar el papel del que nada necesita; es aceptar con gusto lo
que te brinda sin exigir que te dé lo que no puede o no desea; es agradecerle a la Vida el prodigio de su existencia y sentir en su presencia una auténtica bendición en tu sendero; es disfrutar de la experiencia sabiendo que cada día
es una aventura incierta y el mañana, una incógnita perenne; es vivir cada instante como si fuese el último que puedes compartir con el otro, de tal manera que cada reencuentro sea tan intenso y tan profundo como si fuese la primera vez que lo tomas de la mano, haciendo que lo cotidiano sea siempre una creación distinta y milagrosa.
Amar a un ser humano es también atreverte a establecer tus propios limites y mantenerlos firmemente; es respetarte a ti mismo y no permitir que el otro transgreda aquello que consideras tus derechos personales; es tener tanta confianza en ti mismo y en el otro, que sin temor a que la relación se perjudique, te sientas en libertad de expresar tu enojo sin ofender al ser querido, y puedas manifestar lo que te molesta e incomoda sin intentar herirlo o lastimarlo.
Es reconocer y respetar sus limitaciones y verlo con aprecio sin idealizarlo;
es compartir y disfrutar de los acuerdos y aceptar los desacuerdos, y si llegase un día en el que evidentemente los caminos divergieran sin remedio, amar es ser capaz de despedirte en paz y en armonía, de tal manera que ambos se recuerden con gratitud por los tesoros compartidos.
Amar a un ser humano es ir más allá de su individualidad como persona; es percibirlo y valorarlo como una muestra de la humanidad entera,
como una expresión del Hombre, como una manifestación palpable de esa esencia trascendente e intangible llamada "ser humano", de la cual tu formas parte; es reconocer, a través de él, el milagro indescriptible de la naturaleza humana, que es tu propia naturaleza, con toda su grandeza y sus limitaciones; apreciar tanto las facetas luminosas y radiantes de la humanidad,
como sus lados obscuros y sombríos; amar a un ser humano, en realidad,
es amar al ser humano en su totalidad; es amar la auténtica naturaleza humana, tal como es, y por tanto, amar a un ser humano es amarte a ti mismo y sentirte orgulloso de ser ~ una nota en la sinfonía de este mundo ~.
Juro Solenemente não fazer nada de bom =D
Até que enfim o Lipe deixou o Diário ser feliz e rodar pelo Brasil e mundo a fora ^^'
domingo, 18 de novembro de 2007
CHIQUINISMO
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
DIA QUENTE
Rafael tem trinta anos, é magro, alto e solteiro. Trabalha no escritório há dez anos, é um dos melhores funcionários, e há dez anos ele executa o serviço de encarregado, mas há dois fora “promovido” de Auxiliar Administrativo para Assistente Administrativo, ou seja, é mais um funcionário que trabalha muito e ganha pouco. Como muitos, um escravo.
Porém hoje, está decidido a mudar o curso da sua vida no escritório. Disse para si mesmo que irá exigir algumas mudanças com relação à sua função e salário, e caso lhes neguem isso, pedirá demissão na mesma hora. “Já decidi”, diz ele o tempo todo.
Seu chefe vem andando pelo corredor. “É agora” – pensou Rafael – “hoje ele não me escapa”. Rafael levanta-se.
- B-b-boa t-tarde, Sr. Macedo!
O senhor Macedo continuou seu caminho, sem parar, olhar, ou sequer responder. “Ele não percebeu que falei com ele. Deve ser por causa desse calor, ‘tá tirando a concentração de todo mundo!”, sentenciou.
Rafael senta-se e volta a fazer o seu trabalho que, há dez anos, faz tão bem quanto poucos.
“Já decidi. Amanhã ele não me escapa”.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
A LATA
- Marcos, veja que peça fantástica!!
- Nossa, é realmente fantástica, Albert!
- Claro que não é de vanguarda, mas ela exala revolução! Pode não ser inovadora, mas arrisco dizer que é transformadora.
- Estou fascinado! O artista expressa-se claramente através da contracultura.
- Com certeza é prole do Dadaísmo. Há uma forte influência de Marcel Duchamp. Até podemos dizer que, esta peça é uma parente distante da “Fonte”.
- Claro, claro! Mas, além de Marcel, me lembra também “Luxo” de Augusto de Campos. Você recorda?
- Sim, sim! É provável que “Luxo” tenha influenciado esta obra. Mas não podemos negar que está “impregnada” de Duchamp.
- Está impregnada de sujeira e mau cheiro. – Diz um senhor que observava a conversa dos dois.
- O que você quer dizer com isso?! – Pergunta Albert, surpreso.
- É! O que você quer dizer com isso?! – Repete a pergunta, Marcos.
- Que isso está sujo e fede, ora!
- Você é crítico de qual revista??
- Eu?? De nenhuma, senhor.
- E quem você pensa que é para criticar essa obra de arte? – Pergunta Albert de forma teatral.
- Eu sou o zelador do museu, e tenho que recolher o lixo dessa lata aí que os senhores estão admirando, e colocar a lata de volta no banheiro masculino. Se os senhores me derem licença... Isso. Obrigado!
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Open Fire
Sobre panos vermelhos, laranjas e amarelos
Eu me deito no céu de chuvas de novembro.
Sob lies told before I die
Eu durmo e sem pensar direito.
Eu descanso sobre um mundo inteiro.
Não há dor. No meu mundo colorido eu vejo seus olhos sorrindo
Não há dor. Num mundo todo seu você vê nuvens coloridas.
Abri os braços sobre tudo o que envolvia teu nome
Só pra chamar a tua atenção esquecida.
Pulei mais uma vez da plataforma do rio transbordante de amor
Só pra me afogar mais uma vez
Naquilo que chamam perdição...
Eu me perdi uma vez.
Não há dor. No meu mundo de coisas inventadas toda hora.
Não há dor. No caminho que eu te propus ao meu lado.
Não há amor, há somente amor no teu silêncio e olhar de desafios.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
SOZINHO
Um dom que ninguém sabe aproveitar
pois não curtimos os nossos momentos com nós mesmos
porque somos carentes.
Procuramos o amor em vários cantos
na amizade daquela pessoa que nos entende
no carinho da mãe que nos acalma
Mas na verdade o que queremos
é o beijo da pessoa amada
a outra parte
a outra metade
aquela que irá nos completar
e vai nos fazer sentir especial
que nos dará coragem pra lutar
quebrar barreiras
vencer preconceitos
Mas onde está essa pessoa?
Quem é aquele que me fará suspirar?
O amor pode estar naquela pessoa
que me disse bom dia
Ou naquela outra
que me xingou na rua
Eu procuro.
Voce procura.
Garimpamos afim de escolher
aquele que será o dono do nosso coração!
escolher?
O amor não se escolhe
o amor não está em olhos bonitos
ou corpos voluptuosos
e sim naquela pessoa
que nos domina com seu jeito
e nos deixa de pernas bambas
por simplesmente nos entender
e saber decifrar nosso manual de instruções.
O amor está
nos olhos
no corpo
na caríca
da pessoa que decifra
a senha do cofre que é o nosso coração
E quando essa pessoa aparece
A solidão já não é mais necesária
Mas enquanto o amor não chega
o dom da solidão ter que ser conquistado
conseguido
Assim, quando estivermos completos
sozinhos
e felizes
o Amor vem
sem espera
quando menos imaginávamos
e aí sim saberemos
o que é o amor
e o real sentido da palavra
sozinho
domingo, 4 de novembro de 2007
LIGAÇÃO
- Arf... Alô? Alô? Arf...
- Boa noite! Eu gosstaria de poder estar falando com o senhôr-r Rober-r-to Pompeu.
- Ah. É. Sou eu.
- Senhôr-r Rober-r-to, meu nome é Tatiana, estou falando em nome dos cartões de crédito Seu Crédito, e tenho uma ofer-r-ta imper-rdível para o senhôr-r.
Paro por alguns instantes, e me questiono por que essas meninas que oferecem cartão de crédito, falam tudo igual. Até parece pastor daquela igreja lá.
- Olha, obrigado, mas eu não tenho interesse.
- Mas senhôr-r Rober-r-to, o senhor ainda não ouviu a nossa propossta. E garanto ao senhôr-r que, ela é imper-rdível.
- Minha filha, eu não quero. E você ainda está ocupando o meu telefone. Tô esperando uma ligação importantíssima. Tchau!
- Mas sen...
Click. Tive que desligar. Eles são insistentes demais. Volto para a cozinha. Tenho que terminar de fazer minha janta.
Triiiiimmm... Caráca!!! Agora é ela!!! Eu sei que é. Consigo sentir isso. Márcia, Márcia. Eu sabia que ela não ia agüentar ficar muito tempo sem mim. Triiiimmm. Sei que tenho defeitos, mas também tenho ótimas qualidades. Porra, eu não chego nunca a esse telefone. Acho que vou comprar um sem fio. Nota mental: Comprar um fone sem fio, ou então, emagrecer. Triiiimmmmm...
- Arf... Arf... Alô?
- Boa noite! Por favor, o senhor Roberto Pompeu.
- Sou eu. Mas se for cartão, eu já vou avisando, não quero.
- Não senhor. Não se trata de cartão. Aqui é da empresa de cobrança. É que o senhor está em débito com a loja de calçados Pé Descalço, e estou entrando em contato com o senhor para ter uma posição quanto à data de pagamento.
- Ahn, bem... Segunda-feira eu pago. Putz!! Cês aí trabalham até dia de domingo e uma hora dessas, é? Coitados.
- Pois é. Então, posso lançar essa informação no nosso sistema, senhor Roberto? Amanhã o senhor efetuará o pagamento, certo?
- Pode sim.
- Ok, então. Desde já, pedimos desculpas pelo incômodo e agradecemos a sua compreensão.
- Ok. Tchau!
- Tch...
Click. Não tenho tempo para ouvir o seu “tchau”, meu amigo. Volto para cozinha. Ela ainda não ligou, mas eu sei que vai ligar. Ah, se vai! Márcia, Márcia. Sempre foi dependente de mim, fico só imaginando o quanto deve estar sofrendo. Hmm... A comida está tão cheirosa. Acho que vou colocar mais um pouquinho de pimenta. Ela adorava esse prato, só não gostava da quantidade de pimenta que eu colocava. Hum. Acho que uma pitadinha disso também vai dar um “tchan” a mais. Melhor limpar essa mesa. O que será que ela está fazendo agora? Com certeza criando coragem pra me ligar. Márcia é tão previsível. Pronto, mesa limpa! Agora isso aqui vai para o fogão. Já, já, ela liga.
Triiiiiiiiiimmmm. Triiiiimmmmm. Ai, ai, ai... Agora é ela. Droga de panela! Ah, esquece, quando voltar, eu a apanho e limpo o chão. Nossa, será se eu já comentei que nunca tinha prestado atenção o quanto esta casa é grande? Triiiiiimmm. Já vai, já vai. Ô casa grande!! Triiimmmm. Nota mental: Comprar um fone sem fio, ou então, emagrecer. Nota mental da Nota mental: Parar de falar sozinho. Ainda me internam por causa disso. Triiiimmmm. Atendo. Não falo, eu grito.
- ALÔÔ??
- Ai, não grita! Quem tá falando?
- Como assim, “quem tá falando”? Você quer falar com quem?
- Me passa aí pra Renata, vai.
- Caráca!!! Cê ligou errado, colega.
- E foi? Qual é o número aí?
- Com certeza não é o número que você deseja, pois aqui não tem nenhuma Renata.
- Mas você é muito bruto, viu?
- E você bem que poderia ir à merda!!
- Ah, vá...
Click. Não tenho tempo para ouvir desaforos. Cozinha, aqui vou eu. Cacete!! Porra de tanta sujeira nesse chão!!! Vassoura, pá, e lá vamos nós. Ela tá demorando a ligar. Deve bem estar pensando que eu vou ligar pra ela. Rá! Não mesmo. Quem está com saudade é ela, e não eu. Ainda bem que ficou um pouquinho na panela. Dá pra aproveitar esse restinho. Opa! Já tá na hora de tirar a carne do forno. Hmmm... Se ela estivesse aqui, ia ficar com água na boca. Márcia, Márcia. Acho que vou preparar esse prato, quando ela voltar. Mas primeiro, ela terá que ligar pedindo desculpas. Coitadinha. Deve tá morrendo de saudades. Márcia, Márcia. Rá!
Triiiiiiiiiiiimmm. Putaquiupariu!!! E lá vamos nós, novamente. Ela se deu mal. Resolveu me ligar justamente na hora que eu tô mal-humorado. Triimmm. Azar o dela. Afinal, poderia ter ligado antes. Triiiimmm. Ah, eu vou, mas vou sem pressa. Triiimmm...
- Oi?
- Oi, meu amor!!
- Ah, oi mamãe.
- Tudo bom, bebê?
- Sim mamãe, tá tudo bem.
- E por que essa voz tão entediada? É por que tá falando comigo, é?
- Claro que não, mamãe.
- Você fica um tempão sem dar notícias, aí quando quero saber de você, fica assim, todo indiferente.
- Não mamãe. Eu não tô indiferente.
- Claro que tá! É isso mesmo. Trate a sua mãe desse jeito. Depois que eu me “for”, queria voltar só pra ver a sua cara de remorso por não ter me amado enquanto podia.
- Mãe. É claro que amo a senhora. Só tô falando assim porque... sei lá. Acho que tô cansado. É isso, tô cansado.
- Em pleno domingo? Cê não faz nada no domingo, como é que pode estar cansado?
- Ah mãe, eu não sei. Apenas estou. Pronto.
- Tá bom, então. Vou te deixar descansar. Não quero ser um empecilho na sua vida. Não quero que chegue amanhã cansado no trabalho, e depois vai dizer que não pôde descansar porque a sua mãe não deixou. Tchau!
- Mãe, é clar...
Tu-tu-tu-tu-tu... Putz!! Desligou na minha cara!!! Ai, ai... Amanhã ligo pra ela. Voltando à cozinha. Trrrrimmm. Epa!! Ufa! Ainda bem que não cheguei a sair daqui. Triiimmm...
- Pronto.
- A Renata, faz favor.
- Caceta!!!! Não tem nenhuma Renata aqui, seu retardado!!! Grrrr...
Click. INFERNO!!! CARAMBA!!!! PUTAQUIUPARIUUU!!!! Vou arrancar a porra desse fio! Não quero mais saber de cacete de ligação nenhuma!! Ela que vá pro inferno!!! Nem que venha coberta de ouro, eu vou querer!! E eu sei que ela tá morrendo de saudade. POIS QUE MORRA!!!! QUE MORRA, MÁRCIA!!!
Enquanto isso, do outro lado da cidade, em uma boate.
- E aí Márcia, cê pensa em voltar pro Roberto?
- Nem morta, minha filha. Tô muito bem solteira. Aliás, tô muito bem, beijando várias bocas!! hahahaha...
- hahahahahaha... Mas falando sério... Cê não sente nem um pouquinho de saudade dele?
- Só quando preciso carregar algo pesado. rsrsrsrs...
- Como você é má! rsrsrsrs... Mas ele é um cara legal, bonito.
- É verdade. Mas por falar em bonito, olha só, aqueles gatos dando mó bandeira pra gente. Vamos lá?
- Só se for agora.
- Hoje vou me esbaldar!!!
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
MAU-HUMOR
No trabalho tento ignorar as reclamações constantes de uma chata que trabalha comigo, e de um outro que chegou de férias ontem, mas já tem algo do que se queixar. Eles falam e falam, e olham pra mim, acredito que, esperando algum sinal de concordância da minha parte. Continuo sério. Não quero sorrir nem pra parecer simpático. Aliás, eu não sou simpático.
Não quero ouvir pessoas negativas, afinal, o meu mau-humor é muito mais importante! Pelo menos, pra mim.
Finalmente chegou a hora do almoço. Vou almoçar na casa do meu irmão. Sento à mesa. Da cozinha posso ouvir o meu sobrinho de dois anos gritando no banheiro. Os gritos do meu sobrinho e da minha cunhada, já irritada, pois ele não a deixa banhá-lo. É que ele sabe que após o banho terá que ir para a escolinha (garoto esperto!). Mesmo pensando na travessura do pequeno, não sinto vontade de sorrir.
Tento curtir o meu mau-humor, enquanto almoço.
Termino de almoçar. Despeço-me do meu irmão, da minha cunhada e das outras pessoas da casa. Sigo o meu caminho para o trabalho. Mas no caminho encontro um dos meus melhores amigos. Nós nos abraçamos, conversamos um pouco, combinamos um passeio, qualquer dia desses. Falamos sobre como está a vida, e rimos das mesmas piadas de sempre. Damos um outro abraço e nos despedimos.
Sigo novamente o meu caminho para o trabalho, mas dessa vez, com um sorriso nos lábios e pensando: “Agora sim, senti vontade de sorrir!”.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Encomenda
Estou trabalhando, escrevendo a crônica desta semana, quando o telefone toca.
— Laíse, chegou um livro pra você.
— Ah...
Suspendo o tempo por intermináveis instantes. Não sei o que responder. Não era assim que eu tinha planejado. Ele não tinha aula, não ia sair de casa aquele dia, não ia passar pela portaria, e o porteiro não ia entregar o livro para ele. Entregaria a mim, quando eu chegasse do trabalho. O meu nome, que na hora do pedido eu havia esquecido de trocar pelo dele, seria riscado. Laíse seria substituído por Leonardo, mesmo sobrenome, e ele encontraria a caixa em um lugar inesperado, com seu nome, e abriria, e teria a grande surpresa.
— Chegou faz tempo?
— Sei lá, eu peguei agora. Eu tava voltando da banca, e o porteiro falou pra eu pegar a encomenda e assinar no caderno dele.
— Humm...
Continuo sem saber o que dizer. Se peço pra deixar na minha cama, que quando eu chegar eu olho... Mas isso estragaria a surpresa dele. O presente era dele, ele é que deveria abrir... O menino interrompe meu ruído silencioso.
— É um livro ou um cd?
— Livro. É livro. Da faculdade. Você pode abrir e ver se está tudo direitinho? Se o livro está inteiro, se o nome que está lá bate com a nota fiscal... Eu estou com pressa para ler esse livro e se tiver algum problema é bom resolver enquanto o correio está aberto.
— Tá bom, ele diz. E desliga o telefone.
Sorrio aliviada — fui rápida o suficiente pra inventar uma desculpa boa o suficiente. Ele abriria a caixa e teria sua grande surpresa, bem do jeito que eu tinha planejado.
Visualizei a cena, inevitavelmente. Ele pegando uma tesoura e cortando o durex. Abrindo a caixa com cuidado, tentando não rasgar o papelão. O choque que duraria dois segundos, até ele absorver o que estava vendo. Letras prateadas cintilando sobre o fundo azul, desenhado com pastéis. Os rastros da luz, o rastro do vento. Os contornos esfumados...
Ele rasgando o plástico que envolve o livro, devorando a contracapa, as orelhas... Olhando extasiado para o índice, os capítulos... Se preparando pra começar a ler a primeira frase...
Passo longos segundos pensando nisso. O barulho do telefone corta meus devaneios. Minha chefe atende e eu fico observando, pensando se não é ele me ligando pra me agradecer e também reclamar, só pra encher, "Você disse que ia me dar um boné!"
Mas era o seu Francisco, dos Correios.
Olho para o papel que estou rabiscando, releio as poucas linhas da crônica ainda mal começada, e suspiro. Está ficando uma droga, como eu já imaginava. Penso no meu irmão e seu livro novo, vivendo em simbiose até que ele chegue à última página. Sorrio. Amasso minhas anotações e jogo no lixo. Novo sorriso, que não consigo conter. Começo a escrever esta aqui.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Presente de natal antecipado
Ae galera! é o seguinte, eu tava fazendo essa montagem e o meu photoshop pifou e não consigo instalar de novo(sim, minha máquina é uma droga, huahuahauahu) e não tenho previsões pra formatar o pc. então resolvi postar assim mesmo. poço desculpa aos que estão faltando com a promessa de incluí-los na próxima...
CAIXINHA DE RECORDAÇÕES
“Nossa, isso já faz tanto tempo!” Sempre dizia isso ao lembrar que já fazia anos que ganhara aquela caixinha, e ela (a caixa), cumprira com louvor o seu papel, pois guardava as mais belas recordações deles.
Todas as tardes, como num ritual, ela olhava o álbum “pela última vez”, depois abria com muito cuidado a caixinha, sempre no mesmo horário. Era a hora que ele, estivesse onde estivesse, ligava para ela para dizer “eu te amo pra sempre!”, e ao abrir aquela caixa, cofre de coisas maravilhosas, fiel dos seus segredos, ela era inundada por uma sensação de paz infinita e lembranças adoráveis. Lembranças que chegavam de uma em uma, tornando o seu dia melhor.
Namoraram anos, depois casaram, tiveram lindos filhos. Diziam que eles formavam um belo casal, o mais apaixonado que existia, e sem dúvida eram. Tinham uma cumplicidade ímpar, um entendia o que o outro desejava apenas com o olhar.
Mas um dia, ele a deixou. Todos pensaram que ela não fosse suportar, até ela mesma pensou isso. Mas com a ajuda do álbum e de sua caixinha, sobreviveu, porém sempre sofre ao perceber que essa felicidade não retornará.
Depois da partida – ela sempre diz “partida”, jamais morte – do seu amado, ela perdeu muito do vigor, da beleza juvenil, do brilho no olhar. Costumava dizer que há muito já não vivia, apenas existia.
Era chegada à hora de se despedir das lembranças e voltar para o cruel mundo real. Um mundo que ela dizia já não fazer parte, e às vezes, chegava a desejar com ansiedade a sua “partida”, pois voltaria a encontrar o seu amor, e só assim seria feliz novamente.
Fechou o álbum, olhando mais uma vez o sorriso dele, pegou a caixinha com tanto cuidado, que parecia levar uma criança em seus braços. Sussurrou dentro da caixa um “eu também te amo pra sempre!”, e fechou a tampa devagar, fechando ali, a sua felicidade.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Mmmm...
- Que foi? Quer que eu pare?
- Não, não. 'Tá gostoso! Hmm...
- 'Tá bom assim, ou quer que eu vá mais devagar?
- Hmm... Assim 'tá bom! Ou melhor... ahnn... faz com mais força, vai. Mmm...
- Mas pode te machucar.
- Aaaii... mmm... Não. Pode fazer com mais força. Eu agüento. ahnn...
- Acho melhor, não. É a sua primeira vez, então, é melhor não abusar.
- Hmm... Você é tão compreensível...
- Tenho que ser, ué! Vai que te machuco.
- Sim, mas pode continuar, não precisa parar para falar.
- Desculpa.
- Tudo bem... ahnnn... Mas não pára.
- Ok.
- Já disseram que você é muito bom nisso? Aaahnn...
- É, bom, ahn... Sim. Algumas pessoas já me disseram isso.
- Homens também? Hmm...
- Sim. Alguns.
- Mmm... Acho que vou querer exclusividade. Mmm...
- hehe.
- Aaahhh... Pode rir, mas 'tou falando sério. Hmm...
- Bom, em todo caso, nossa sessão de massagem já acabou.
- Ah, que pena. Semana que vem, eu volto. Se soubesse que massagem era tão bom, teria vindo bem antes. Já não agüento de tanta dor nas costas.
- Realmente, você estava muito tensa.
- Mas foi maravilhoso!! Até!
- Obrigado!! Até semana que vem!
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
CELEBRANDO A AMIZADE
Vivemos em uma época onde as pessoas cada vez menos confiam umas nas outras e, cada vez mais se fecham para o mundo.
O individualismo é celebrado. O “eu” é mais importante que o “nós”.
A Internet chegou para reforçar a “clausura opcional”. Pois as pessoas preferem ficar em casa, de frente para o computador, que encontrar com os amigos. Ninguém quer partilhar suas alegrias e tristezas, e quando quer, dificilmente encontra alguém disposto a ouvir, a entender, a receber.
Porém, paradoxalmente, descobrimos que, mesmo refugiados em nossos mundos particulares, nos foi possível encontrar “do outro lado” do computador, Amigos.
Pessoas que, mesmo sem nunca terem trocado sequer um contato visual real, abriram suas vidas, trocaram confidências, exibiram a sua verdade e, aceitaram a verdade do outro.
Existe uma frase que diz o seguinte: “Se queres saber a quantidade de amigos que tens, dê uma festa. Mas se queres saber a qualidade deles, adoeça.” Nós já vivenciamos os dois lados dessa frase, pois já demos festas, mas também, corremos em socorro daqueles que adoeceram. E, em alguns casos, doenças que não assolam o corpo, mas sim, a alma. Doença da tristeza, da solidão, da raiva, do abandono.
Semelhanças e dessemelhanças que nos enriquece. Cada um procurando no outro, não somente o próprio reflexo, mas talvez, a própria antítese. Reconhecendo que é falho e inacabado, e que precisa do outro para, através da Amizade, se construir.
Como disse a Raposa para o Príncipe, “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” e, acredito que, hoje, todos nós nos cativamos, portanto, somos responsáveis uns pelos outros.
Encontramos uma unidade no todo. Enfim, nós celebramos o “Nós”, celebramos a Vida, celebramos a Amizade!
Não te amo mais...
"Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais..."
Detalhe: o texto deve ser lido de baixo pra cima tá!!!!
Te amo Toni!!!!!!
Todos os três!!!!
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Semeando o amor
Acredito que para semear o amor, não são necessárias coisas materiais, mas simplesmente ter na Alma a vontade de ajudar o próximo. E esta ajuda pode ser através de um telefonema, um e-mail carinhoso escrito de Alma, uma visita.E quando semeamos o AMOR, começamos a compreender a Oração: “... é dando que se recebe...”.
(tadashi kadomoto)
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
SOU GORDO, NÃO INVISÍVEL!!
Marisa continua o seu trajeto, quando de longe avista um casal amigo seu.
- Bem que eu disse que era ela, André!
- É mesmo, nossa, jurava que não era!
- Oi gente!
- Oi Má!
- Oi Marisa!
- O que vocês tanto discutem aí?
- É que eu te vi de longe e falei pro André, “Lá vem a Má”, aí ele teimou dizendo que não era, pois a mulher que vinha era uma gestante.
- Hã?!
- Pois é Marisa, e eu falei, “Essa não é a Marisa, pelo que eu sei, ela não está grávida, e aquela mulher é uma gestante!”
- Liga não Má, ele é doido! Até parece que não te conhece. Você sempre foi gordinha assim.
- ...
- Que nada, ela tá bem mais gorda agora!
- !!!!
- Tu és doido, é menino?! Desde quando você já viu a Má mais magra que isso?!
- Marisa, fala pra ela que 'cê engordou desse jeito só agora. Fala, pois eu tenho certeza! Diz aí.
- É... bom...
- Liga não Má, o André não repara nas coisas mesmo.
- Claro que reparo, só que você quer que eu concorde com algo que não é verdade.
- Como “não é verdade”?! A Má sempre foi gorda, e só agora que tu veio perceber!
- Bom, gorda eu sei que ela sempre foi, mas com certeza ela já foi mais magra do que agora!
- ...
- Só no teu mundo mesmo.
- Que nada, você é que não presta atenção, pois...
- Que conversa é essa...
- É... bom... tchau gente.
- É verdade o que eu tô falando, você só não concorda porque tem um gênio muito forte...
- Olha só quem fala! Gênio forte...
- É sim, nunca quer concordar comigo.
- Como é que vou concordar com você, se você está errado, hein?
- Gente eu já vou, tá? Tchau!
- Ah, não vem com essa, que eu não estou errado não!
- Quer dizer o quê com isso? Que está certo? Pois...
- Gente... é... oi! Ah, esquece, tchau.
Marisa caminha pela rua, cabisbaixa, triste – como sempre – e pensativa.
[Danilo Maia]
sábado, 20 de outubro de 2007
PRA SEMPRE
- De quê?
- De te amar pra sempre.
- Hum...
- Como assim, “hum”?
- Ah, sei lá. Não quero, eu acho.
- Não quer que eu te ame pra sempre?
- É. Quer dizer, não quero que diga isso.
- Por quê?
- Ah, sei lá.
- “Ah, sei lá. Ah, sei lá”. Diz outra coisa, seu lerdo.
- Calma, moço. ‘Tá nervoso, hein?
- ‘Tou sim. Eu aqui todo romântico, e tu aí, todo indiferente.
- Epa! Indiferente, não. Apenas não gosto de juras de amor eterno. Prefiro que você me ame hoje, com todo amor que tiver.
- E amanhã?
- Amanhã a gente vê. Deixa chegar lá, pra gente ver no que vai dar. Se você ainda estiver me amando, ótimo!
- E se não estiver?
- Ai, cada um segue seu caminho.
- Nossa, pensei que você fosse se preocupar mais. Que sofreria.
- E quem disse que não?
- E precisa? ‘Tá aí todo indiferente.
- Já disse, não ‘tou indiferente, só não gosto de juras eternas. Eu sei que você está tentando ser romântico, mas seja romântico hoje. É o que nós temos, o hoje.
- Coração gelado.
- Não, só não quero me iludir.
- Quer dizer que quer me deixar?
- Não falei isso. Deixa de bobagens e vem pra cá, vem. Vem me amar pra sempre, hoje.
- Posso?
- Claro! Eu quero te amar pra sempre, agora.
- Assim também é bom.
- Claro que é! Vem, seu bobo.
- Chato.
- Por quê?
- Porque você consegue me fazer sentir como um garoto inseguro e ainda consegue ser mais romântico que eu, “quero te amar pra sempre, agora”. hehehehe...
- Vem deitar, vem.
- Vou.
E se amaram pra sempre, naquela noite.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Second Love
"Second Love" do Pain of Salvation.
só pra dividir com vocês uma musica tão, tão legal xD
*-*
:*
É...
É uma vontade de ficar perto o tempo todo. Cuidando e sendo cuidado.
É fazer um carinho num momento inesperado, pois a surpresa do carinho só faz aumentar o afeto.
É poder dizer “Eu te amo!”, e saber que toda vez que falar isso, vai surpreender como se fosse a primeira vez.
É ficar horas em silêncio, e se comunicar só com olhares e sorrisos.
É ficar horas conversando, e não se preocupar em ser coerente, pois tudo é válido nessas horas.
É fechar os olhos e saber que, mesmo estando distante de você, é tão forte e presente que é quase possível tocá-lo.
É saber que ele conhece o que tem de melhor e pior em você.
É poder contar tudo, sem medo do que ele vai pensar. Pois ele apenas está lá escutando, e não julgando.
É desejar que o tempo passe rápido para vê-lo. E depois, desejar que o tempo pare, para que ele não vá embora.
É sofrer com a partida dele. Mas se alegrar por saber que esse sofrimento causado, será sarado ao vê-lo novamente.
É nunca ter visto, abraçado, sequer tocado sua mão, mas ter a certeza que ele faz parte da sua vida.
É saber que, uma simples mensagem desejando “Bom dia!”, é o bastante para preencher todo o vazio e te fazer feliz.
É saber que, são apenas duas palavras, mas quando colocada em prática, são sentimentos que se multiplicam. E criam outras palavras.
Amigo, Amizade, Amigos, Amizades, Amor, Companheirismo, Verdade, Amigos, Amizades, Sinceridade, Amigo, Doação, Amizade, Partilha, Amizades, Amor, Amigos, Diálogo, Amigos, Felicidade, Amizade, Surpresa, Amigos, Amor, Amigos, Amigos, Amigos, Amizades...
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Primeiro Post do TIUL
Amizade...
Acho que é o que nos segura! O que nos torna tão próximos uns dos outros, mesmo pela internet.
Até hoje não tinha achado nada que fosse especial pra postar aqui.
Mas hoje, eu vou falar um pouco de mim. Em poucas palavras:
Eu sou o famoso Sad Clow.... Mas to aprendendo a ser menos "triste"... os amigos são as nossas âncoras.
E TODOS VOCÊS são especiais pra mim.
Um dia, quando eu era calouro na escola, vi um garoto de minha sala caminhando para casa depois da aula. Seu nome era Kyle.
Parecia que ele estava carregando todos os seus livros.
Eu pensei:
"Por que alguém iria levar para casa todos os seus livros numa Sexta-Feira? Ele deve ser mesmo um C.D.F" !!
O meu final de semana estava planejado (festas e um jogo de futebol com meus amigos Sábado á tarde), então dei de ombros e segui o meu caminho. Conforme ia caminhando, vi um grupo de garotos correndo em direção a Kyle.
Eles o atropelaram, arrancando todos os livros de seus braços, empurrando-o de forma que ele caiu no chão.
Seus óculos voaram e eu os vi aterrissarem na grama há alguns metros de onde ele estava. Kyle ergueu o rosto e eu vi uma terível tristeza em seus olhos.
Meu coração penalizou-se! Corri até o colega, enquanto ele engatinhava procurando por seus óculos. Pude ver uma lagrima em seus olhos. Enquanto eu lhe entregava os óculos, disse: "Aqueles caras são uns idiotas! Eles realmente deviam arrumar uma vida própria". Kyle olhou-me nos olhos e disse, "Ei, obrigado"!.
Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos que realmente mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei onde ele morava.
Por coincidencia ele morava perto da minha casa. mas não havíamos nos visto antes, porque ele frequentava uma escola particular. Conversamos por todo o caminho de volta para casa e eu carreguei seus livros. Ele se revelou um garoto bem legal. Perguntei se ele queria jogar futebol no Sábado comigo e meus amigos. Ele disse que sim. Ficamos juntos por todo o final de semana e quanto mais eu conhecia Kyle, mais gostava dele. Meus amigos pensavam da mesma forma. Chegou a Segunda-Feira e lá estava o Kyle com aquela quantidade imensa de livros outra vez! Eu o parei e disse: "Diabos, rapaz, você vai ficar realmente musculoso carregando essa pilha de livros assim todos os dias!".
Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros. Nos quatro anos seguintes, Kyle e eu nos tornamos mais amigos, mais unidos. Quando estávamos nos formando começamos a pensar em Faculdade.
Kyle decidiu ir para Georgetown e eu para a Duke. Eu sabia que seríamos sempre amigos, que a distancia nunca seria problema. Ele seria médico e eu ia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador oficial de nossa turma. Eu o provocava o tempo todo sobre ele ser um C.D.F. Ele teve que preparar um discurso de formatura e eu estava super contente por não ser eu quem deveria subir no palanque e discursar.
No dia da Formatura Kyle estava ótimo. Era um daqueles caras que realmente se encontram durante a escola. Estava mais encorpado e realmente tinha uma boa aparencia, mesmo usando óculos. Ele saáa com mais garotas do que eu e todas as meninas o adoravam! As vezes eu até ficava com inveja.
Hoje era um daqueles dias. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso sobre o discurso. Então, dei-lhe um tapinhanas costas e disse: "Ei, garotão, você vai se sair bem!".
Ele olhou para mim com aquele olhar de gratidão, sorriu e disse: -"Valeu"!! Quando ele subiu no oratório, limpou a garganta e começou o discurso:
" A Formatura é uma época para agradecermos aqueles que nos ajudaram durante estes anos duros. Seus pais, professores, irmãos, talvez até um treinador... mas principalmente aos seus amigos.
Eu estou aqui para lhes dizer que ser um amigo para alguém, é o melhor presente que você pode lhes dar. Vou contar-lhes uma história: "
Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos. Ele havia planejado se matar naquele final de semana! Contou a todos como havia esvaziado seu armário na escola, para que sua Mãe não tivesse que fazer isso depois que ele morresse e estava levando todas as suas coisas para casa.
Ele olhou diretamente nos meus olhos e deu um pequeno sorriso.
"Felizmente, meu amigo me salvou de fazer algo inominavel!" Eu observava o nó na garganta de todos na platéia enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza.
Vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo com a mesma gratidão. Até aquele momento eu jamais havia me dado conta da profundidade do sorriso que ele me deu naquele dia.
Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você pode mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior.
Deus nos coloca na vida dos outros para que tenhamos um impacto, uns sobre o outro de alguma forma.
PROCURE O BEM NOS OUTROS!
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
[PRIMEIRO] ENCONTRO
A esperava no mesmo restaurante e na mesma mesa. Deu uma gorjeta à banda para que tocasse uma música, a mesma que eles dois ouviram no primeiro encontro. Fazia anos que não se viam. Namoraram no início da juventude, mas tiveram que seguir caminhos diferentes e perderam contato.
Há alguns dias, ele estava em uma loja de chocolates. Olhava para os chocolates suíços, pois lembrava que eram os preferidos dela.
“É ela!”, disse para si, ainda atordoado por ver ao seu lado, o seu grande amor.
Apesar da força do tempo se expressando através de suas rugas, ela conservava a mesma beleza de outrora.
- Desculpe-me, o senhor falou comigo?
- Você, pelo que me lembro, embora faça bastante tempo, sempre gostou dos amargos.
- O senhor me conhece?!
- Sou eu, não se lembra mais? Estou tão velho e feio assim, é?
Ela o fitou por alguns segundos. Quando olhou para aquele meio sorriso com dentes perfeitamente alinhados e brancos e um olhar intenso, começou a recordar. E vieram-lhe as mais belas lembranças de sua juventude, do quanto se encantava com aquele sorriso e o quanto aquele olhar mexia com ela. E, mesmo com os olhos emoldurados pelas rugas, ainda permaneciam intensos.
- É você! Nossa, eu não acredito!
- Pois é. Nem eu estou acreditando.
Deram um longo abraço. Se dependesse dele, jamais a soltaria, não queria que fosse embora como da última vez. Fazia força para não chorar, mas estava em um vendaval de sentimentos, e ela como sempre, firme. Não parecia estar sentindo nada além da alegria em revê-lo.
Terminado o longo abraço, permaneceram de mãos dadas, um olhando para o outro, sem trocar uma palavra. Precisavam de tempo para se acostumar com suas “novas” aparências. Depois desse silêncio necessário, resolveram quebrá-lo.
- Me diga como você está, além, de linda como sempre, é claro!
- Obrigada pelo elogio! Vou bem, graças a Deus. Voltei pra cá há alguns meses e hoje resolvi comprar uns chocolates para os meus netos.
- Ah, então você casou!
- Pois é. Mas estou viúva há nove anos.
- Hum.
- E você, casou?
- Não, não casei.
- Nossa, é de admirar, pois sempre foi tão bonito, como é que nenhuma garota conseguiu laçar o seu coração?
- Porque ele já não estava mais comigo, já tinha uma dona que o levou com ela.
Ela baixou a cabeça, ficou um pouco desconcertada, tentou dizer algo, mas as palavras se perderam antes de chegar à boca. Quis dizer que foi preciso tomar aquela decisão, que mesmo o amando precisava seguir o seu próprio caminho, e que também sofreu com aquela decisão, mas não conseguiu dizer nada disso.
- Desculpe-me, é que está sendo tudo muito estranho para mim, e você sabe que sempre quero ter a última palavra, mas não foi minha intenção em constrangê-la.
- Tudo bem. Eu sei que tenho minha parcela de culpa na nossa história.
- “Nossa história”... “nossa história”... É estranho ouvir isso assim, pois não partilho a minha história com alguém faz muito tempo. Na verdade, nunca partilhei com mais ninguém, desde que você partiu... Mas... Deixemos isso de lado, são coisas passadas e é lá que devem ficar. Olha, eu preciso ir, mas quero dizer que é um prazer imenso revê-la e, apesar das coisas que falei, não tive a real intenção em machucá-la, é só dor-de-cotovelo de um velho caduco.
- Não, tudo bem. Para mim, também foi muito bom te ver. E se você aceitar, eu gostaria de jantar com você qualquer dia desses.
- Claro, vou adorar! Pegue o meu número, e ligue quando quiser. Tchau!
- Vou ligar. Tchau!
Agora, lá estava ele, olhando de um lado para o outro, bastante nervoso.
Ela apareceu na entrada do restaurante. “Anda com a mesma leveza e beleza de quando era garota!”, pensou ele.
Ele olhava para ela e via a jovem por quem fora perdidamente apaixonado, e ainda o era.
Aproximou-se da mesa, ele se levantou, beijou sua mão e puxou a cadeira para ela sentar.
- Demorei?
- Quarenta anos.
- Bobo.
Os dois ficaram conversando, rindo e relembrando todos os momentos maravilhosos que viveram juntos.
E a noite passou por eles como as noites de outrora, e vendo que já tinham que se despedir, eles ficaram em silêncio por um tempo, apenas gravando aquele momento e aproveitando tudo para torná-lo inesquecível e guardá-lo junto com todos os outros momentos bons.
- Bom, então é hora de dizer “tchau”.
- É.
Abraçaram-se com toda força que tinham. Os dois começaram a chorar e tentavam, naquele abraço, recuperar todo o tempo perdido.
Despediram-se, mas desta vez, foi um “até amanhã!” e não um “adeus!”.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
16 Anos Depois dos 19
- Eu ajudo! – disse um senhor de cabelos ruivos, porém muito grisalho.
- Ah, obrigado!
Juntos o garotinho e o senhor colocaram o malão e a gaiola no trem. Virando-se o menino agradeceu:
- Ah, obrigado senhor...?
-Shunpike! O prazer foi meu! Menino..?
- Harry...
- Oh! Mais um Harry, não é?! Bom ano letivo!
O garoto sorriu, mas logo se sentiu completamente perdido sem saber o que fazer. Andou carregando seus pertences pelos corredores do trem, procurando uma cabine vazia, porque ele ainda não se sentia completamente à vontade com as outras crianças que já sabiam tudo do mundo bruxo. Pois sendo nascido trouxa ele ainda não tivera a oportunidade de descobrir tudo, e ele preferia fazê-lo sozinho e com ajuda de seus novos livros. Por fim o menino encontrou uma cabine vazia bem no fim do corredor.
Sentando-se, Harry retirou um livro de sua mochila, era o que mais tinha chamado sua atenção e que contava de maneira superficial a história de Harry Potter, seu xará famoso que derrotara o maior bruxo das Trevas. O garotinho queria saber mais sobre Harry Potter, mas aquele livro não dizia muito, pois se tratava de um livro letivo chamado História Mui Moderna da Magia por Hermione Granger. Harry passou alguns minutos lendo até que a porta da cabine foi aberta. Um homem de olhos muito verdes com óculos de aro redondo estava parado olhando para Harry, o garotinho não pode deixar de notar que ele tinha um aspecto excelente, com belas vestes bruxas em um tom de verde-garrafa que contrastava perfeitamente com a cor dos seus olhos, somente os cabelos não combinavam com aquela aparência oficial, pois eram escuros, mas já com um grande número de fios brancos e também era todo atrapalhado, cada mecha para um lado, e na parte de trás ele era ligeiramente mais levantado que o resto.
- Bom dia!
O menino somente respondeu com a cabeça. Ainda olhava o aspecto espetacular que o bruxo parado à porta exibia.
- Você está sozinho nessa cabine? Posso me juntar a você?
- Ah, sim... é... claro! – Harry se levantou juntando seus pertences que estavam espalhados pela cabine.
- Porque você está sentado aqui sozinho, meu rapaz? – O bruxo sorriu amigavelmente.
-Bem, sabe... eu nasci trouxa, e ainda não me sinto muito a vontade...
- Ah, compreendo. – o senhor abriu um largo sorriso. – E está gostando desse mundo novo? Essa descoberta toda?
- Ah! Eu estou adorando! Vovó ficou louca quando soube... sabe, ela parece que tem medo, mas o papai achou o máximo, e acho que ficou até mais animado que eu no Beco Diagonal! Comprar os materiais, e tudo o mais foi muito legal! E eu não acreditei quando soube que podia ter uma coruja! – O menino se levantou e mostrou sua linda coruja branca ao senhor. – Lindo não é?
O bruxo de verde sorriu para o garoto. Com o olhar vago.
- Sim é lindo! Um pouco pequeno... Qual é o nome?
- Colin!
- E onde você arrumou esse nome? – o bruxo mostrou um divertido interesse.
- Nesse livro aqui! – Harry mostrou o livro História Mui Moderna da Magia para o bruxo de olhos verdes. – Eu li tudo sobre a Guerra no mundo da magia! E sobre o Harry Potter... E eu vi que um menino chamado Colin morreu na guerra e que ele era um amiguinho do Harry, e a minha coruja era pequena assim como ele é descrito, então resolvi dar esse nome...
- Ótima homenagem! E você gostou de saber tudo sobre a Guerra?
- Ah, tudo eu não sei não é? A autora, Hermione Granger, conta de uma forma mais... oficial...
- Isso é verdade... Mas no livro conta quase tudo!
- Sim, eu sei como o Harry Potter venceu a guerra e tudo mais. Mas eu queria saber o que aconteceu com Hogwarts, o que aconteceu com aquelas pessoas todas que lutaram contra o Vol.. Vol...
- Pode dizer o nome! Hoje em dia não tem mais tabu. E ninguém mais tem o medo de usar esse nome. Mas tudo bem, eu como seu novo Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas me proponho a contar o que aconteceu. Pode ser? Quer passar a sua viagem até Hogwarts sabendo sobre aquelas pessoas todas?
- O senhor é... é um professor?
- Sim, começo a lecionar este ano! A antiga professora, uma gentil senhora chama Cho Chang foi com sua família pro Japão e a Diretora, uma amiga de longa data me convidou, e eu decidi assumir o caminho letivo.
Harry sorria de admiração, seus olhos brilhando em direção ao seu mais novo Professor.
- Estou dividindo a cabine com um professor! Uau! E... e o senhor se ofereceu pra me contar tudo? É claro que eu quero saber!
- E o que você quer saber? – O professor olhava para o garoto com um divertido interesse.
- Sobre Hogwarts! Quero saber sobre Hogwarts! No livro, diz que ela foi destruída...
-Sim, depois da batalha a escola ficou acabada!
- E ela foi reconstruída?
- Não precisou tanto... Minerva McGonagall, a senhora que assumiu a direção de Hogwarts na época, os professores, os membros restantes da Ordem da Fênix e muitos dos alunos sextanistas e heptanistas reconstruíram Hogwarts com uma formidável nova beleza! Você vai ficar espantando quando ver! Está tudo mais lindo do que era!
As estufas, destruídas por um dos gigantes mais grandalhões, estão maiores por conta da grande quantidade de Mandrágoras e Visgos do Diabo, Mimbulus Minbletonia e todas essas outras coisas que o professor Longbottom vai te ensinar, elas cresceram muito e precisaram de mais espaço! As janelas e paredes voltaram à sua condição inicial, os jardins foras reparados por Sprout a antiga professora de herbologia, assim como a Floresta Negra. Alunos e professores passeavam por todo o castelo consertando amaduras, tapeçarias e janelas quebradas, e trouxeram de novo aquela sensação de “lar” que Hogwarts tanto invoca. Aquela aura de destruição foi-se embora rápido,Sabe porque?
- Não... – o garoto olhava com admiração para o professor, preso em suas palavras.
- Porque eles se sentiam felizes de novo, sem medo! Pra você ter uma idéia uma tapeçaria retratando a “Armada de Dumbledore” foi erguida no Salão Principal, atrás da mesa dos professores, onde todos, a cada refeição, podem ver e lembrar que, se vivem uma vida tranqüila e prazerosa eles devem àqueles todos que lutaram!
- Uau! Estou doido pra conhecer isso tudo! E é verdade que o Guarda Caças de Hogwarts é um gigante? E que tem uma Lula Gigante no lago da escola?
- Na verdade um meio gigante! Hagrid, você vai adorar conhecê-lo, é muito amável. Ele ajudou muito na reparação do castelo, pra você ver, a Lula Gigante, sim ela existe! – completou o professor ao ver a cara de espanto do garoto - havia sido atingida por uma das torres que caiu, mas o Hagrid e Grubbly-plank, ambos foram professores de Trato das Criaturas Mágicas souberam tratá-la com cuidado. Hagrid, sentiu-se livre novamente depois disso tudo sem medo de qualquer tipo de acusação ou perigo. Ele merece tudo de bom... – o professor de profundos olhos verdes olhou a paisagem do lado de fora com o pensamento longe. – Então, o Hagrid voltou a estudar em Hogwarts, e cinco anos mais tarde ele recebeu o seu certificado de aprovação nos NIEMs. Que são as últimas avaliações em Hogwarts, Claro, largou seu guarda chuva cor-de-rosa e comprou uma nova varinha!
- Guarda chuva cor de rosa?
- Ah sim, é uma longa história! Mas o Olivaras, que Deus o tenha, fez uma varinha nova em folha pra ele! E hoje em dia o Hagrid divide suas tarefas de guarda-caça com seu irmão Grope! Esse sim é gigante, mas é tão dócil e educado quanto o irmão!
- Mas quando eu fui comprar minha varinha não foi esse Olivaras que me vendeu...
- Ah não, mas você comprou na loja com esse nome não é?
- Sim, foi nessa loja, mas foi um senhor negro que me vendeu...
- É claro que foi! Esse é Dino Thomas, ele participou da Armada de Dumbledore, ele conheceu e ficou amigo do Olivaras graças à Guerra, e se tornou depois de um tempo o aprendiz do artesão, que já estava velho e não tinha filhos. Hoje em dia o Dino é o únido artesão de varinhas de toda Grã-Bretanha!
- Legal! – O menino Harry segurou a varinha diante de seus olhos, cheio de encantamento. O professor encostou a cabeça no vidro admirando a paisagem. Enquanto o garoto ainda permanecia perdido em pensamentos.
- Sabe o que eu não gostei no mundo bruxo? – Harry continuou.
O professor olhou para o menino novamente, as sobrancelhas erguidas a guisa de pergunta.
- O banco dos bruxos!
- Gringotes! É verdade, hoje em dia quase mais nenhum bruxo gosta mais de visitar o banco e só o fazem quando é verdadeiramente necessário, e ainda tem que aturar o hábito que eles adquiriram de ficar falando...
- “Os portadores de varinhas são criaturas repulsivas”... eles falaram isso o tempo todo quando meu pai foi trocar dinheiro...
- Sim é isso mesmo, agora imagina quem tem que descer até um dos cofres com eles? – O professor sorriu, divertido.
- Mas porque eles ficaram assim? É por causa do Harry Potter não é? Eu li que ele e seus amigos saíram de dentro do cofre...
- Sim, montados em um dragão. Os duendes não aceitam até hoje e eu... – o bruxo pigarreou. – quer dizer, o Harry Potter até hoje tem problemas para retirar seu dinheiro.
- E o dragão?
- O dragão foi aprisionado e em uma vila depois de matar dois trouxas. Ele foi aprisionado e mandado pra um dos melhores nesse assunto. Um senhor chamado Carlos Weasley, que vive na Romênia e ganhou uma Ordem de Merlin devido aos seus trabalhos em esconder os dragões dos trouxas.
- Eu adoro esses animais! E pensar que eu nunca ia imaginar que existissem!
- É verdade, quando eu tinha sua idade eu também nunca imaginaria! – o Professor sorriu ao ver o rosto de espanto do garoto. – Sim eu vivi entre trouxas durante onze anos! E nunca ia imaginar que um Bufador de Chifre enrugado existisse!
- Existe? Hermione Granger a autora do livro.
-Ela não aceita até hoje, mas sim existem. Um fugitivo de Voldemort, chamado Xenophilius Lovegood foi encontrado depois da guerra em uma caverna cheia deles...
O garoto sorriu, as exclamações pareciam pequenas se ditas em palavras, o menino Harry sentia-se cada vez mais maravilhado com aquele mundo.
- ... e o Ministro da magia, o Sr. Kingsley Shaklebolt teve de admitir a existência dos animais, e deu até mesmo um cargo ao Xenophilius no ministério, para estudo de criaturas misteriosas.
A porta da cabine se abriu, e uma bruxa magra de queixo proeminente se virou balançando com o movimento do trem para os dois ocupantes da cabine. O olhar da mulher se deteve no professor, que a olhou com um ar divertido, enquanto a mulher fechou ainda mais o rosto.
- Querem algo do carrinho?
- Sim, queremos tudo, não é meu amigo? – disse o Professor de olhos verdes, Harry por sua vez concordando alegremente.
- Ah, mas eu não tenho muito dinheiro...
- Eu pago! – o professor retirou alguns galeões entregando-os à bruxa. Pode ficar com o troco Srta. Parkinson!
Pansy Parkinson fechou a porta da cabine com demasiada força e continuou arrastando o carrinho pra longe.
Harry e seu mais novo Professor se limitaram a comer e saborear todos os caldeirões de chocolate, os sucos de abóbora e os feijõezinhos de todos os sabores.
- Esses doces bruxos são ainda mais gostosos que os nossos, quero dizer, os doces dos trouxas.
- Sim, isso é verdade! Eu gosto muito dos Sorvetes da Sorveteria Fortescue! Bom homem... Sempre me oferece um sorvete de graça quando eu visito o Beco Diagonal!
- Essa loja não estava aberta quando eu fui!
- Ah, não se preocupe, o Florean está mesmo muito velho. Mas ele se lembra de abrir a loja pelo menos uma vez por semana. Ele sofreu muito, na época que Voldemort retornou, o Florean.
- E porque?
-Ele achava que seria sequestrado assim como o Olivaras. Mas ele tinha motivos, pois seu avô foi diretor de Hogwarts, e Voldemort poderia querer saber algo, obter alguma informação. Então o Florean fugiu! – O Professor fez uma careta e cuspiu na mão um feijãozinho de todos os sabores. – Não dei sorte, vômito. Então, mas depois da Guerra o Florean voltou e reabriu a sorveteria, mas como eu disse, ele anda um bocado senil. Mas seus sorvetes são gostosos como nenhum outro consegue ser.
- Ei! Esses são sapos de verdade?
O Professor sorriu saudosista e olhou para seu novo aluno com um ar carinhoso.
- Eu fiz essa mesma pergunta na minha primeira viagem no Expresso de Hogwarts! Não, são sapos de chocolate e tem figurinhas colecionáveis. Olha a sua!
Harry pegou a figurinha e olhou, fazendo uma caretinha.
- Credo que bruxa feia!
- Quem é? – o professor esperou a garoto ler, com interesse.
- “Dolores Umbridge, – Primeira e única Alta Inquisidora de Hogwarts, assumiu também a direção por um curto espaço de tempo. Trabalhou como Secretária do Ministro Fudge, e durante o governo de Thicknesse foi a chefe da Seção de Controle dos Nascidos trouxa. Dolores ficou conhecida como a mulher dos cargos excluídos, pois todos os cargos que ocupou (com excessão da direção de Hogwarts) foram eliminados com pouco menos de um ano de trabalho. A Comunidade Bruxa tem Dolores em alto reconhecimento, pois graças à ela, os terríveis Dementadores foram expulsos da Grã-Bretanha.”... Nossa, então ela ajudou mesmo o mundo bruxo!
- Sim de certa forma... – respondeu o Professor sério.
- Como assim?
- Os Dementadores trabalhavam para Umbridge no Ministério, e após uma fuga de trouxas com três jovens bruxos, ela os culpou e teve um ataque de nervos. E... bem, eles são criaturas das Trevas, e não gostou muito e a beijaram!
O olhar de medo e surpresa no rosto de Harry, deixou claro para o Professor que o garoto sabia muito bem o que acontecia com quem era beijado por um Dementador.
- Então, o depois que tudo voltou ao normal e o o Ministro temporário Kingsley expulsou os Dementadores de toda Inglaterra. Esse foi um dos atos que fez com que toda Comunidade o aprovasse e o deixasse fixo no cargo.
- Essa foi uma... uma das coisas?
- Sim, o Ministro Shaklelbolt, recontruiu Azkaban, tirando de lá os Dementadores, claro e colocando inúmeros feitiços, além de deixar a segurança da prisão em poder dos Aurores. Eu mesmo trabalhei lá por muito tempo...
- O senhor... – o olhar de Harry se iluminou ainda mais.
- Sim, trabalhei por muito tempo como Auror. Saí este ano, como eu disse para lecionar. E o Ministro Shaklelbolt tem grande culpa nisso! – o Professor olhou a sua figurinha do sapo de chocolate, “Arquibaldo - Criador das Camisolas para Bruxos”, enquanto Harry mentinha sobre o homem de verde um olhar cheio de perguntas que eram presas devido á grande quantidade de doces na boca. – Então, Kingsley aprovou a Lei de Proteção à Hogwarts, segundo essa lei, somente os professores podem decidir em votação, os rumos que a escola tomará. Somente eles podem escolher um diretor e aceitar outro. E assim que a nova Diretora foi escolhida!
-A Diretora Luna Lovegood foi escolhida assim? – Disse o menino Harry com interesse.
- Como você sabe...
- Na carta de Hogwarts... o Senhor sabe, estava assinado por ela, “Luna Lovegood – diretora de Hogwarts”.
- Ah sim, é verdade, a carta! Então, Luna assumiu o cargo de Professora de Aritmancia, e fez um trabalho fenomenal! E quando Minerva McGonagall morreu, Luna foi escolhida unanimemente pelos seus colegas!
- Ela é uma boa diretora!?
- Ah sim, ela é uma boa diretora! – O Professor chegou perto de Harry e disse em tom de segredo. - Dizem que ela é até mais maluca, que o Dumbledore, o que eu acredito, sem duvidar! E como eu disse, por culpa do Kingsley que aprovou a lei, que por sua vez fez Luna ser escolhida diretora e que após a partida de Cho teve o cargo vago, ela me nomeou o Novo Professor de DCADT!
- Eu acho que vou gostar da Professora Luna!
-Ah vai! Em seu discurso de possa ela disse uma frase genial!
- Qual? – perguntou o garoto interessado.
- Pateta Chorão Destabacado Beliscão!
Harry abriu a boca para perguntar o que queria dizer aquelas palavras, mas o Professor falou antes.
- Veja! Tirei o meu so... Arthur Weasley no meu Sapo de Chocolate!
- E quem é esse?
- Ahh, ele é um homem fenomenal, o Arthur! Ele é um bruxo muito importante! Você deve conhecê-lo!
- Devo? Porque Professor?
- Sim, veja! – E o homem de olhos verdes mostrou a figurinha do sapo para Harry.
-Claro! Ele é o Secretário Sênior do Primeiro Ministro... mas.. ele é bruxo?
-Sim! Um dos primeiros bruxos a ter um cargo fixo de tão alta importância no governo Trouxa! Graças à Arthur, foi aprovada muitas leis que beneficiam tanto o nosso mundo, quanto o Mundo trouxa.
Harry olhou para o Professor sem entender, este por sua vez continuou.
- Foi dele a idéia para a criação da lei que força os aviões a voarem mais alto e preparar melhor sua rotas, a fim de evitar acidentes... Muitos deles aconteciam com vassouras e tapetes, que acabavam por atingir os aviões. Por sua vez no mundo bruxo ele conseguiu que esses nosso transportes voasse mais baixo. Um grande homem o Arthur, e feliz como só ele poderia ficar de trabalhar com os trouxas! E sempre muito humilde! A Família Weasley se tornou uma das famílias mais importantes depois da derrota de Voldemort. E mesmo assim, veja bem, eles ainda morem em uma humilde casa com o nome de A Toca, em Ottery St. Catchpole.
- Os Weasley! No livro de Hermione Granger fala deles!
- Ah, claro que fala! – O Professor abafou um sorriso!
- Mas eu li que um deles foi... bem, foi morto...
- Sim, Fred Weasley, irmão gêmeo de Jorge. Foi uma grande perda... – os olhos muito verdes do bruxo saíram de foco por um momento, e quando o Professor voltou a si, percebeu que o menino ainda olhava-o com interesse. – Então, a família demorou um bom tempo pra superar a perda do Fred. E Jorge foi o que mais sofreu. E sofre mesmo, sem o irmão rpa continuar uma loja que eles tinham aberto juntos, ele dizia que “as piadas tinham perdido metade da graça”... Então depois de um tempo ele fechou a loja no Beco Diagonal viveu um tempo sozinho, até que a Molly fez ele melhorar...
- Quem fez?
- A Sra. Weasley, ela obrigou o Jorge a tomar um rumo, e ele tentou carreira como jogador de quadribol, mas nunca superou a perda do irmão e a cada partida lembrava-se mais e mais dos tempos de escola, logo abriu mão de seu bastão também.
- Nossa, mas no livro diz que o Fred e o Jorge eram muito divertidos e inteligentes... Deve ter sido duro. O que aconteceu com...
- Então, o Jorge foi levado para o Hospital bruxo St. Mungus onde ele foi tratado por uma curandeira chamada Lavignia. Ele se apaixonou perdidamente por ela!
- E eles se casaram? – perguntou Harry de supetão com um sorriso no rosto.
- Sim, mas antes disso o Jorge fez de tudo pra ficar perto da Lavignia, e apresentando as Vomitilhas, Nugás-Sangra Nariz, e seus antídotos Jorge conseguiu chamar a atenção da Cúpula de Curandeiros e conseguiu um emprego. Acabou que ele se apaixonou pela profissão, se casou com a Lavignia e hoje eles têm um filho que se chama Fred!
- O nome do...
-Sim! – o Professor abriu um largo sorriso. – o nome do irmão dele! E o Fred, filho do Jorge, é mais hiper-ativo do que os dois gêmeos juntos! Falando nisso, no St. Mungus, tem duas pessaos lá que apresentaram grande melhora!
- Duas pessoas... no St. Mungus... – Harry tentava se esforçar... – O Neville, digo, o Professor Longbottom tem os pais lá, mas ele forem vítimas de cruccio, então...
- Sim, meu rapaz! Eles mesmos! Os Longbottom tiveram uma grande melhoria com o tempo! Eu mesmo fiquei muito feliz, pois eles se lembraram e escreveram coisas sobre os Pott... Sobre outras pessoas que participaram da Ordem...
- Que legal! O Professor Longbottom parece ser...
- Um ótimo homem! Pode ter certeza!
- E agora o principal!
- Sim? – o Professor olhou pro garoto gentilmente.
- O trio! Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley! Eu já sei sobre os casamentos, e os filhos e que eles ganharam a Ordem de Merlin 1ª Classe...
- Então o que mais você quer saber?
- Ah, a profissão deles, o senhor sabe...
- Sim eu sei! – O bruxo de olhos verdes sorriu com gosto.
- Bom, - continuou Harry. – Eu sei que a Hermione Granger escreveu muitos livros didáticos...
- Sim isso mesmo, depois da morte de uma importante autora, Hermione decidiu escrever sobre a história moderna da magia, ou seja, a história do Harry Potter, assim como todos os seus envolvidos, e ela conhecia sobre tudo o que tinha acontecido muito bem. Pois ela vivenciou a maioria dos fatos.. então...
O Professor parou, olhando apara o garoto que estava com uma tortinha parada a meio caminho da boca.
- Então professor?
- Ela decidiu que os trouxas também tinham que saber sobre Harry Potter, e escreveu sobre ele e lançou o livro no mundo Trouxa! Com o pseudônimo de J.K. Rowling...
- Ei, eu já vi esse livro pra vender... Mas a vovó nunca deixou eu chegar perto deles...
O Professor sorriu, para o desgosto do garoto que corou.
- Então Hermione Granger e Rony Weasley enriqueceram com o dinheiro dos trouxas, e assim ela pode montar o FALE, o Fundo de Apoio à Liberação dos Elfos. Rony trabalha naquilo com a própria vida, e com uma dedicação impressionante...
- O Rony trabalha para a liberação dos elfos?
- Bem, na verdade ele queria ser Auror como eu, mas não conseguiu passar nos testes, ele ficou chateado, mas hoje ele é realmente feliz no que faz.
- Senhor, e o Harry Potter?
O Trem fez um barulho, deu um pequeno solavanco e começou a diminuir a velocidade. O barulhos dos muitos estudantes se trocando, se arrumando e comentando com curiosidade o castelo á frente fez o Professor se levantar e juntamente com o garoto, olhar Hogwarts se aproximando.
- É melhor você se trocar, tenha um ótimo ano letivo.
E assim, o homem de olhos verdes deixou a cabine, Harry se trocou, colocando as vestes bruxas e sentindo um grande frio no estômago. As portas da sua cabine se abriram de novo, e um garoto negro de cabelos trançados entrou olhando para o chão.
- Ei, você não viu uma Tarântula Azul por aí?
- Ah não vi, me desculpe...
- Primeiro ano? - Perguntou o garoto.
- Sim, e você?
- Eu também, eu sou Karl Johnson-Jordan, e você?
Mas antes que o garoto pudesse responder a cabine se abriu mais uma vez, o Professor de olhos verdes colocou metade do corpo pra dentro, sob o olhar cheio de admiração de Karl.
- Me desculpem! Esqueci minha valise! – E pegando a maleta ao lado de Karl ele se indireitou e pôs-se a fechar a porta, mas parou no meio do caminho olhando pra Harry.
Karl olhava do professor para o garoto á sua frente com um misto de surpresa e sorriso no rosto.
- Me desculpe nós conversamos todo esse tempo e eu nem perguntei seu nome!
- Meu nome é Harry... Harry Dursley!
Os olhos muito verdes do Professor esquadrinharam cada poro de Harry, enquanto seus olhos ficaram marejados. Percebendo estava demorando pra sair, o Professor tirou os óculos, limpou os olhos e afastou o cabelo da testa. Os olhos de Harry Dursley bateram e fixaram aquela marca em forma de raio na testa do Professor.
- Isso... na sua testa é...
Sorrindo o Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas falou com simplicidade.
- É só uma cicatriz!
Por Vinícius Yuri, Átila Rithiery e Fernanda Soares
28/07/2007